top of page
  • Foto do escritorJuliana Santana

ASCENDA: álbum apresenta Plena Rap a cena do Rap Nacional

Atualizado: 18 de fev. de 2022

O Plena Rap lançou no ano passado em 08 de Junho, seu álbum de estreia ‘’Ascenda’’. O trio de Americana, São Paulo, é formado pelos MC’s DZR, ViTTiM e pelo DJ FXLP$. Antes desta formação, o Plena era uma banda que tocava covers entre suas músicas autorais. Essa formação atual segue desde o início de 2018, o estilo mudou, mas o nome permaneceu.


O primeiro single levando o nome do álbum, foi lançado em 06 de Maio de 2021. A prévia do estaria por vir foi suficiente para expor o potencial que o álbum traria. Ascenda chega apresentando o trio a cena do Rap Nacional. Eduardo Abreu (DZR) conta que sempre teve a palavra que daria nome ao álbum em mente.


“Eu sempre gostei dessa palavra, pelo significado que ela tem. O sentido de crescimento, evoluir. Eu lembro que um dia eu fiquei ‘ascenda, ascenda…’, joguei no google e procurei. Então, apareceu ‘cresça, suba, eleve’, aí eu pensei – Nossa, isso dá para fazer uma música e eu comecei a desenvolver a música. Ela não foi a primeira música que eu fiz para o disco, mas ela foi a guia para as outras”, conta.


DZR, DJ FXLP$ e ViTTiM.

ASCENDA – PLENA RAP

O álbum inicia com a Introo. Introdução feita por Motta Capoeira e dona Silva Motta com uma palavra de incentivo e força aos integrantes do Plena. Indigesto abre com o sample de uma fala potente do Mano Brown, a faixa discorre sobre a fase em que estão, em busca do reconhecimento.


Em Nigger, a faixa abre com a cena clássica do filme Ó Paí, Ó, o diálogo entre Roque (Lázaro Ramos) e Boca (Wagner Moura). A música com os dois pés no peito chega potente com a participação do rapper mineiro Viluje. A faixa traz a discussão como a mídia e pessoas não pretas gostam de usufruir da cultura, da música e da discussão sem de fato sentir ou estar lado a lado com aqueles que ainda são alvo do racismo estrutural.


Talvez a principal do disco, Ascenda começa com uma introdução do ”filósofo de rua” Eduardo Marinho pontuando que o problema não está no dinheiro, mas na ambição e no egoísmo. Ascenda é o cartão de visita do álbum, a faixa traz o significado da palavra para o centro do tema. Ao mesmo tempo que os Mc’s mandam o recado sobre o que eles almejam e onde eles querem chegar, em contrapartida o recado se estende em crítica a nossa sociedade racista que segue colocando como alvo a pele preta.


Ascenda é um recado para que os seus semelhantes busquem crescimento, mirem no topo ao ponto mais alto.



DJ FXLP$, DZR e ViTTiM.

Chegando na metade do álbum, Ser Rei foi produzida pelo MatiasNuBeat. A faixa segue falando sobre a relação do Rap e a ascensão na música, sem deixar a crítica social de lado. O Plena também quer que as marcas patrocinem eles e que os DJs mandem os beats – “(…) Pelos pretos no topo, tô mirando ser rei!“.


Redenção fala sobre uma forma de resgate e libertação, mas a libertação do racismo estrutural, onde muitas vezes as escolhas são sem opções. O álbum segue com Meninos Mortos, a faixa levanta o debate sobre o descaso de tantas mortes, principalmente em operações da polícia.


Zeca Lifestyle chega para quebrar o clima necessário, mas tenso do álbum. A música tem feat com a cantora Barbara Gimenes. É sobre um sentimento de conquista e esperança. Seguida por Terra de Cegos, a faixa fala sobre a ascensão e evolução pessoal, se desprender do ego. A música ainda conta com a participação de Do Prado.


Fechado o álbum vem Hip-Hop Agradece, a faixa carrega o sentimento de agradecimento a tudo que a cultura Hip-Hop e o Rap significam e representam ao Plena Rap.


Capa do álbum Ascenda – Capa por Bruno Maule

“Ascenda” é um álbum de Rap onde a crítica social é presente ao mesmo tempo em que existe um sentimento de esperança e união. Prezando pelas letras, o disco carrega uma lírica pesada do começo ao fim.


Acompanhem o @plenarap nas redes sociais!






25 visualizações

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page