Com uma pegada mais "dark", Jazzline aproveita o clima de Halloween para o lançamento de seu clipe "Ice Bag"
Atuar no ramo da arte sempre foi algo natural para Jazzline. Ainda na infância e por influência de seus pais, a multiartista notou a sua habilidade para criar, e aos 12 anos já desenvolvia conteúdos audiovisuais para a sua diversão. Com o auxílio de uma câmera, ela juntava os seus brinquedos e partia para o desenvolvimento de vídeos orgânicos, que passavam por um processo de edição e eram transformados em seriados, a qual a artista amava assistir. O que começou na brincadeira, hoje é uma das muitas profissões exercidas por Jazz. Em seu currículo, a jovem carrega experiências como: cantora, compositora, fotógrafa, cineasta, produtora musical e empresária.
Na música, Jazzline se recorda que quando criança, performava artistas que gostava, e com sua irmã produzia figurinos para essas performances. "Eu pedi uma bota para minha mãe igual a da Joelma do Calypso, que ia até o joelho, rs. Eu sempre imaginei cantando e conforme eu fui crescendo trouxe questionamentos como "será que eu tenho voz?" "será que que rola?", mas pra começar me aceitar no ramo foi um processo que ainda não acabou", diz Jazz.
No próximo dia 31, Jazzline lança sua nova música acompanhada de um clipe. O som intitulado por “Ice Bag” foi composto recentemente pela artista, e com uma proposta mais obscura, a cantora e seu amigo Axel fizeram toda a produção aproveitando o clima de Halloween para fazer o lançamento. “Eu fui na casa dele e gravamos. Ele arrasou de primeira! O Axel quem fez o styling, eu fiz a captação em casa, mixei, masterizei e editei o clipe. Não sei como vai ficar, foi tudo na loucura mesmo, espero que gostem". Jazz conta que seu amigo nunca tinha feito um clipe antes e que em uma semana ela criou o projeto, roteiro e a referência visual para o clipe.
Aos 18 anos, a cantora confessa que ainda tem dificuldades em se enxergar como artista e que sua arte surge de forma muito natural. Em relação à música, ela não define apenas um estilo, pois tem dificuldades em fixar em uma única coisa. "Eu gosto muito de R&B, é o que me deixa mais satisfeita nas minhas criações, mas vou estudar um pouco mais antes de soltá-los. Por enquanto, a galera vai ouvir meus Traps por aí". Até o momento, todas as músicas já lançadas foram compostas por Jazz, que muitas vezes pede o auxílio de suas amigas em algumas composições. "A Raquel e a Isiz sempre me ajudam a encaixar palavras melhores no contexto". O seu processo criativo atua do interno para o externo. A jovem relata que não sabe como as coisas surgem, que normalmente pega um beat e trabalha em cima dele.
Na carreira musical, a artista comenta sobre o protagonismo feminino nas vertentes do rap e a falta de credibilidade que as mulheres tem. "As minas devem ser cem vezes melhor do que os caras e mesmo você chegando com uma rima pesada, os mesmos ainda olham pra você e fala que você é fraca. É foda, mas eles sabem que vamos roubar cena".
Em suas condições de existência, Jazzline fala que há tantas dificuldades em ser artista periférica, que ela não consegue nomear. "Eu faço tudo sozinha. A produção, captação de áudio, composição, roteiro de clipe e muitas vezes faço até a captação do meu próprio clipe. É tudo muito cansativo, mas eu faço por amor, porque isso me faz feliz, criar, me ouvir e me ver", diz Jazz. Uma de suas maiores admirações é a cantora Rihanna, a qual a jovem admira por diversos fatores. "Ela é empresária, autêntica, sustenta a carreira há vários anos e é isso. Rihanna é um exemplo pra mim".
Um dos seus maiores obstáculos é a sua falta de motivação, provinda da falta de recursos financeiros. "É difícil continuar nesse ramo e ver o dinheiro faltar. Eu não posso arrumar um trampo e viver infeliz mas com dinheiro, sabe?". Uma das coisas que a deixa feliz é os relatos do efeito que sua música causa nas pessoas. A própria cantora comenta que muitas vezes não está num dia bom e quando escuta suas composições se sente motivada a continuar.
A geminiana comenta que há algumas versões de si mesma. São quatro personalidades que a artista relata não poder falar muito sobre, mas que resumidamente tem a Jazline, Jas, Blvck e a Line. A "Jazz" é a que o pessoal do Instagram conhece, a "Line" é mais pra família, a "Jas" pras amizades mais antigas, e a Jazline. "Essa o mundo não pode saber muito como ela é, mas os traps que eu vou lançar soltando uns desabafos é mais sobre a Jazline em si".
Para as mulheres que querem iniciar na carreira musical, Jazzline aconselha: "Pegue o celular e façam! Meu som que mais tem visualizações foi gravado no fone de ouvido, então só não começa quem não quer. Se você está esperando "o momento certo", você não nasceu pra isso. Eu tô esperando o momento certo até hoje pra ser Youtuber, então fica exemplo aí".
Para conhecer mais sobre o trabalho de Jazzline, acompanhe-a nas mídias: Facebook: Jazzline Cunha
Instagram: @Ajazzoficial
Youtube: A Jazz
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