Persistência, garra e dedicação são pontos fortes na arte de Tífany Sousa, atriz recém formada
A jovem atriz nascida em São Paulo foi para Teixeira de Freitas, na Bahia, aos três anos e morou lá por 10 anos, não tinha tanto acesso à arte e quando chegou no estado de São Paulo passou a ter, então conheceu as aulas de dança e teatro dos Centros Culturais e se apaixonou.
Nos mesmos três anos ela foi atropelada e seu fêmur direito quebrou ao meio, correu o risco de não voltar a andar, ou andaria com dificuldade, usou gaiola por seis meses, fez fisioterapia e hoje só tem a cicatriz para contar história e uma diferença de 4mm de uma perna para a outra que é imperceptível.
Ano passado, lesionou o joelho esquerdo e ficou 50 dias de cama, sem poder fazer nada além de tomar banho, depois fez 30 sessões de fisioterapia, fez com que trancasse o curso de dança por um semestre.
Nessa mesma época, descobriu que tem frouxidão ligamentar, que é literalmente, ter os ligamentos frouxos, o que faz com que tenha bastante flexibilidade, mas em contraponto, faz com que tenha grande facilidade em lesionar, em qualquer parte do corpo.
Nesse mesmo tempo, uma ansiedade que era leve e moderada se agravou, durante esse um ano e meio teve cerca de 30 crises de ansiedade e muitas noites de insônia.
A jovem tem um deslocamento dos dois fêmurs no acetábulo dos quadris, desde sempre, mas só quando lesionou o joelho descobriu que era um problema. Esse deslocamento acontece o tempo todo: andando, subindo escadas, mas é indolor.
Tífany, apesar de ter passado por muitas coisas físicas e psicológicas, não deixa isso te abalar "Por que eu falei tudo isso? Para vocês verem que independente de qualquer coisa, você pode sim! Você consegue! Vai atrás, que o mundo é seu! Nada te para, só te fortalece", afirma.
CULTURA NA PERIFERIA
Tífany diz que acha muito importante a periferia ter acesso a arte, porque ela se torna restrita para o Centro e fora dele, é desvalorizada "A periferia merece ter contato e acesso a tudo isso: Dança, cinema, teatro, grafite", diz.
Há cinco meses, a garota não trabalha em sua área, pois usa todo o tempo que tem para o curso técnico de dança e no grupo que faz parte, então não sabe dizer como está o mercado hoje.
Mas, pelo que vê nos interesses de freela, pedem perfis específicos para cada tipo de trabalho, então, consegue mais, exatamente por ser dançarina, atriz, ter o cabelo colorido e black.
Apesar do apesares, ela não trata sonhos, como sonhos porque vê algo inalcançável. Mas seu objetivo é trabalhar com Teatro Musical, Filmes Musicais, Filmes de outros gêneros também, para isso, estuda e não pretende parar por agora, porque acredita que sempre tem coisas novas para aprender.
"Me vejo vivendo com o que trabalho hoje, atuando nas áreas que eu quero, muito satisfeita e servindo de exemplo para outras pessoas, que nós podemos tudo o queremos" encerra Tífany.
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