Com trilha sonora de uma mulher trans, o projeto questiona a aplicação dos direitos sociais e salienta a importância de reconstruir
O vídeo que foi exibido no último dia 4 de maio, na sétima edição do desfile LOYAL, aborda questões do universo LGBTQIA+ e fala sobre identidades e corpos marginalizados. Diferente do contexto atual, o projeto REMONTA deixa de pensar apenas no processo de desconstrução e passa a trabalhar com a reconstrução. O conteúdo produzido pela Underground Filmes e dirigido por Isac Oliveira e Iure Fernandes fala sobre afetividade. Com trilha sonora da música “Remonta” da cantora Liniker e os Caramelows e a narração de Jup do Bairro, o vídeo introduz com os direitos assegurados por lei e deixa o questionamento “Quais corpos realmente usufruem desse direito?”.
Em toda a sua exibição, a sensação de toque é transmitida ao expectador. Personagens fora do que é considerado padrão social, demonstram afetividade aos seus em um processo de reconstrução a cada vez que há o tato das mãos e o contato dos corpos.
“O que pode um corpo? Como saber que o corpo abjeto se torna objeto ou vice-versa? Quem escolhe que corpo merece ou não ter esses direitos?”
O conteúdo audiovisual deixa a mensagem que em todo processo de desconstrução é preciso falar sobre reconstrução. Trazer representatividade foi o intuito principal da equipe ao trabalhar com identidades. “Falar sobre afeto é muito importante, parece que periferia e afeto são palavras rivais” diz Isac Oliveira, 21 anos, produtor audiovisual.
Em seu texto, a cantora Jup do Bairro cita “O corpo da mulher negra, o corpo trans, o corpo gordo, o corpo marginal... o que realmente nos difere dos demais já que ao olhar ao redor somos tão diferentes um dos outros?”. O projeto questiona a aplicação dos direitos sociais garantidos pela constituição e a importância de remontar a afetividade que por vezes é anulada ao público LGBTQ+.
Por: Underground Filmes
Comments